Visibilidade da Vida

“Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu já a conheces inteiramente, Senhor. Tu me cercas, por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim.” Salmo 139.4-5

Já teve a impressão de ser observado?

Em tempos do Google ouvindo até a sua fala e na era das grandes redes web sociais, a visualização constante do seu histórico é a ótica da vida, às vezes real.

Nesse novo universo, virtual, todos que participam estão sendo de certa forma vigiados, sua identidade tem algoritmos, conhecem seus pensamentos, monetizam suas preferências e fazem ressignificados.

Os que postam e os que estão dando likes, os que querem mostrar aos observadores e os querem acompanhar. Uns querem conquistar admiradores e outros ficam admirando o encantado país da fantasia.

Anteriormente, em uma distante aldeia local, Davi, na sua existência, convivia com pessoas que o admiravam e as que o odiavam. Sabia ele, por fé, que era visualizado especialmente de forma diferente. Outro olhar o tinha, sentia que existia outra forma de ser observado.

Pela frente, por trás, cercado por todos os lados e com a mão que o protege. O autor faz uma narrativa poética e uma interpretação de como pode ser o histórico da vida com a presença do Eterno.

Poetizando sua intimidade com o Eterno, sabia que seus pensamentos, mesmo antes de serem formados, já estavam no universo real para depois serem formadas as palavras. Ele já ouviu! Ele está lá até para ajudar a dizer, para não ser difamatório o que conversar.

Mesmo tentando uma fuga na existência, postando o desconhecimento de quem somos, não há como fugir da sua presença, Ele te conhece.

Nesta estratosfera, com seus observadores lançados aos ares, diante de tantos olhos virtuais, filmagens constantes, parte fundamental da vida está fora do histórico. Na multidão habituada a buscar o que desejam ver, podemos sair e aprender a mudar também a nossa percepção. Além de tantas imagens e sons, é fundamental saber que existe outro olhar, de quem realmente sabe o que é sua vida.

O Eterno não é o olhar da acusação, não é a fala da inveja e a visualização da ostentação. É o olhar do Criador para sua criação.

Joaquim Tiago

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